Dicas da Tutto
30/03/2018
A falta de infraestrutura nas rodovias nacionais é um dos maiores problemas do Brasil.
Além de matar milhares de pessoas ao ano, o mau estado das estradas brasileiras gera prejuízos de bilhões de reais. A falta de recursos é o principal fator desta precariedade.
E esta precariedade no calçamento das estradas atrasa o desenvolvimento do país, que depende, em grande parte, do transporte de produtos pelas malhas rodoviárias.
A consequência desta falta de infraestrutura, prejudica principalmente os caminhoneiros, pela dificuldade em fazer o transporte e pelo alto custo de manutenção da frota.
Um levantamento diz que os principais itens de desgaste decorrentes da má conservação das estradas são:- Rolamentos e retentores de roda, buchas de suspenção e da barra estabilizadora, embuchamentos e reparos da manga de eixo, terminais e barras de direção, pneus e amortecedores.
A densidade da malha rodoviária pavimentada do Brasil é ainda muito pequena, principalmente quando comparada com a de outros países de dimensão territorial semelhante. São aproximadamente 25 km de rodovias pavimentadas para cada 1.000 km² de área, o que corresponde a apenas 12,3% da extensão rodoviária nacional. Nos Estados Unidos são 438,1 km por 1.000 km² de área. Na China, 359,9 km e na Rússia, 54,3 km. Os dados integram a Pesquisa CNT de Rodovias 2016, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte.
Ao analisar as regiões, o Nordeste concentra o maior percentual de infraestrutura rodoviária com pavimento (30,8%), seguido do Sudeste (19,3%), do Sul (18,5%), do Centro-Oeste (17,6%) e do Norte (13,7%).
A expansão da malha rodoviária pavimentada também não acompanha o ritmo de crescimento da frota de veículos. Nos últimos dez anos (de julho de 2006 a junho de 2016), a frota cresceu 110,4%, enquanto a extensão das rodovias federais cresceu somente 11,7%.
Além desses problemas, grande parte dos trechos que têm pavimento não estão em bom estado. Com isso, o Brasil ocupa a 111ª posição no ranking de competitividade global do Fórum Econômico Mundial, no quesito qualidade da infraestrutura rodoviária. O ranking
divulgado em setembro deste ano analisou 138 países. Na América do Sul, alguns países com melhor avaliação são Chile (30ª), Uruguai (98ª) e Argentina (103ª).
O Brasil está investindo menos que o esperado em infraestrutura?
Países emergentes e desenvolvidos chegam a investir até 8% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em logística de transportes. O Brasil jamais passou dos 2%, mesmo nos períodos de pico. A média dos últimos 30 anos é de apenas 0,8% do PIB. Isso coloca o Brasil na última posição entre os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Isto é muito grave porque esse percentual se mantém, e nossa fonte de transportes, ou seja, tudo que transportamos no Brasil, mais de 60% são por rodovias. Esse resultado gera essa ineficiência, perdendo competitividade, dinheiro e também vidas, o que é mais importante.
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