A Tuttonline

01/02/2019

Caminhões independentes da Uber já atuam nos EUA

Tecnologia já é usada para levar mercadorias pelas estradas, mas intermediário humano ainda é necessário

Caminhões autônomos da Uber já circulam nos Estados Unidos desde o início do mês para transportar mercadorias em longas distâncias.

A plataforma de reserva de automóveis com motorista está no ramo de transporte de carga desde maio de 2017 com seu aplicativo Uber Freight, que permite contratar motoristas de caminhões para levar produtos e pacotes nos EUA.

Desde novembro, por meio de sua filial, Advanced Technologies Group, a Uber opera caminhões autônomos – sem motorista – nas estradas do Arizona, informou a empresa americana.

A companhia não especificou quantas viagens havia realizado ou quantos caminhões deste tipo estavam em circulação, tampouco quais produtos foram transportados.

Um “operador” humano está presente no assento do motorista da cabine do caminhão, explicou a empresa, que atualmente limita essas viagens ao Arizona. A Uber Freight torna possível coordenar diferentes rotas.

Especificamente, o caminhão autônomo é usado para transportar bens durante a parte mais longa do trajeto, apenas na estrada.

Depois, o caminhão sai da rota para uma área de transferência, onde o reboque se acopla a uma cabine de caminhão tradicional (com motorista), que efetua os últimos quilômetros até o ponto de entrega.

Desse modo, o caminhão com tecnologia autônoma faz apenas a parte longa do trajeto, pela estrada, e outro modelo tradicional finaliza a entrega dentro das cidades.

Futuro do transporte?

O grupo começou a testar os caminhões autônomos em 2016 e fez a primeira entrega no centro do Colorado em outubro daquele ano: o veículo percorreu cerca de 200 quilômetros e entregou 2.000 caixas de cerveja.

Como a maioria dos grandes grupos de automóveis e muitas empresas de tecnologia, a Uber está trabalhando na condução autônoma, considerado o “Santo Graal” do transporte do futuro.

Para os seus partidários, a direção autônoma permite viagens mais longas, reduz o número de acidentes e aumenta as possibilidades de transporte em áreas isoladas.

É particularmente relevante para plataformas como a Uber, porque eliminaria o custo do pagamento ao motorista, que representa a maior parte de suas despesas.

Com o crescimento da importância do mercado de transporte e da tecnologia dentro da sociedade, as empresas do setor se viram na necessidade de modificar o modelo tradicional de atuação rapidamente. Aquelas que não observaram essa mudança sofreram com o momento instável da economia. Com a baixa da demanda dos clientes, muitas tiveram que cortar gastos e se colocar de outra forma dentro do segmento.

Um dos movimentos que o mercado precisou inserir dentro de sua nova realidade é a de compartilhamento. Em outras áreas já é bastante comum o ato de “share”, isso acontece nas redes sociais, com seus carros, objetos de casa e até com suas próprias residências. Atualmente o mercado de transportes tem como ativos compartilháveis as duas pontas: as cargas e os caminhoneiros.

No primeiro caso, temos que deixar claro que é o compartilhamento do frete, ou seja, você colocaria sua carga junto com outras, sem a necessidade de um transporte exclusivo ou uma carga lotação. Esse modelo fracionado é bastante interessante, pois é o começo de uma economia muito expressiva. O que se deve levar em consideração é que o tempo do frete pode ser maior, caso exista um planejamento, isso não será um empecilho.

O segundo caso é bastante simples e complementar ao de compartilhamento de cargas. Nesse caso, o transporte pode ser feito até para aqueles que possuem cargas fechadas. Imagine que o caminhão sai completo de São Paulo para Salvador (BA): quando chegar a seu destino, ele pode retornar cheio com outra carga, o caminhão é o mesmo, os embarcadores podem ou não se conhecer, mas a economia aconteceu, além do ganho do caminhoneiro. É uma atuação onde todos ganham. A tecnologia, assim como nas outras possibilidades de compartilhamento, é essencial. Onde já existem plataformas e alternativas que permitem esse tipo de “comunicação”, há um mercado mais competitivo, fazendo a cadeia ser atingida pela economia, agilidade e inovação desse novo modelo de negócio. O mercado precisa entender que há novas possibilidades, novidades e que para crescer precisa se atualizar constantemente.

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