Caminhões: MAN mais perto da líder Mercedes

Ranking de vendas fica estável, mas com mudanças na participação 

O ano passado não movimentou o ranking de vendas de caminhões, que permaneceu estável na comparação com 2016. Aconteceram, no entanto, mudanças importantes na participação de cada montadora no mercado, que enfim voltou a crescer e avançou 2,7% para 51,9 mil unidades. A Mercedes-Benz seguiu na liderança do segmento com 15,1 mil veículos vendidos, volume estável na comparação com o ano anterior. A questão é que o reinado da marca começa a ficar ameaçado já que a performance sem incrementos foi o suficiente para que a empresa perdesse um ponto porcentual de market share, que encolheu para 29% no ano. 

Assim, a MAN/VWCO, vice-líder de vendas de caminhões, conseguiu chegar um tanto mais perto da concorrente, com 27,3% de presença no segmento em 2017, porcentual estável. A empresa que oferece no mercado nacional veículos das marcas MAN e Volkswagen entregou 14,2 mil unidades no Brasil em 2017, com evolução de 3,8% na comparação com o resultado de 2016. A companhia pretende fortalecer ainda mais o movimento ascendente este ano com as vendas da nova linha de caminhões Delivery.

Ford permaneceu como a terceira marca de caminhões mais vendida do Brasil, com 7,8 mil veículos. A companhia é mais uma a manter volume estável e, assim, registrar leve queda, da ordem de 0,4 ponto porcentual, em sua participação de mercado, que encerrou o ano em 15%.

VOLVO E SCANIA SÃO AS QUE MAIS CRESCEM

As vendas de caminhões pesados foram as que tiveram maior crescimento ao longo do ano, de 23,4% para 18,7 mil unidades. As suecas Volvo e Scania, especialistas no segmento, surfaram nessa onda e tiveram boa performance no ano. A Volvo manteve a quarta colocação em vendas de caminhões, com 5,9 mil veículos entregues no mercado local, com incremento de 6%. O market share da marca subiu 0,3 ponto porcentual, para 11,4%. 

A Scania foi a quinta mais vendida e a empresa que mais conquistou participação de mercado em 2017. A companhia conquistou 2,6 p.p. e respondeu por 11% dos caminhões vendidos no Brasil. Foram licenciados 5,7 mil veículos da marca, volume expressivos 35,5% superior ao registrado no ano anterior. 

IVECO PERDE ESPAÇO, DAF CONSOLIDA CRESCIMENTO

Iveco permaneceu como a sexta maior marca de caminhões do País, mas a posição fica cada vez mais difícil de sustentar. A empresa entregou 1,9 mil unidades no mercado local, com queda de 25,7%. Assim, encolheu em 1,5 p.p. a participação de mercado, para apenas 3,75%. 

No caminho contrário, a novata DAF segue conquistando espaço nas vendas de caminhões no Brasil. Com mil veículos negociados localmente e alta de 55,7% sobre o volume registrado em 2016, a empresa garantiu a sétima colocação em vendas, com 2% de market share, porcentual 0,7 p.p. maior do que o do ano anterior. 

A brasileira Agrale aparece logo atrás no ranking de vendas, com apenas 112 caminhões negociados no ano e baixa de 39%. A participação de mercado da empresa foi de 0,2%. Atrás dela aparecem marcas que já encerraram suas atividades produtivas no Brasil, como International e Sinotruk, que provavelmente emplacaram em 2017 algumas unidades do estoque que ainda mantinham localmente.

Foton, que promete inaugurar fábrica em Guaíba (RS) e por enquanto monta caminhões na planta da Agrale em Caxias do Sul (RS), vendeu apenas 32 veículos no Brasil ao longo de 2017. 

Venda de caminhões e ônibus crescerem 48,6% em 2018

Em relação a 2017 as vendas de 2018 passaram de 26 mil para 38,6 mil  unidades

O mercado de caminhões e ônibus segue tendência de alta em julho. De acordo com dados da Fenabrave, as vendas no sétimo mês do ano cresceram 15,6% em relação a junho. Foram licenciadas 6,6 mil unidades em julho contra 5,7 mil vendidos em junho. No acumulado do ano, as vendas aumentaram 48,6%, foram licenciadas 38,6 mil unidades contra 26 mil de 2017.

Produção

Já a produção de julho aumentou 1,7% em relação ao mês anterior. Foram produzidas 8,8 mil unidades em julho contra 8,6 mil produtos em junho. A produção de julho teve aumento de 23,8% frente aos dados de julho de 2017, quando foram fabricados 7,1 mil. Já a produção no acumulado de 2018 registrou crescimento de 35,4%. Nesse ano foram fabricados 58,4 mil unidades contra 43,1 mil no ano passado.

Exportação

Ainda segundo a Fenabrave, no sétimo mês do ano foram exportadas 2,1 mil unidades. Os números representam uma queda de 13,4% em relação a junho quando foram enviadas 2,5 mil unidades. Já em relação a julho de 2017 a queda foi anda maior, ano passado foram exportadas 2,8 mil unidades. Já no acumulado do ano as exportações chegaram a 16,5 mil unidades e tiveram um pequeno crescimento de 0,6% quando comparado ao mesmo período de 2017 quando foram exportadas 16,4 mil unidades.

Ônibus

Já o mercado de ônibus as vendas cresceram 102,9% em julho em relação a junho. No sexto mês do ano foram licenciadas 909 unidades e no mês passado foram 1,8 unidades licenciadas. Em relação a julho de 2017, a alta foi de 48,5% frente quando o licenciamento atingiu 1,2 mil de igual. De janeiro a julho de 2018, foram comercializadas 7,4 mil unidades. As vendas no acumulado de 2018 representam um crescimento de 20,8% quando comparadas ao mesmo período de 2017. Foram 7,4 mil unidades vendidas em 2018 frente as 6,1 mil unidades de 2017.

Produção

As montadoras produziram em julho 2,8 mil chassis para ônibus. A produção teve uma pequena queda de 2,9% em relação a junho. Já na comparação com julho de 2017, a produção cresceu 25,6%. No acumulado de 2018, o segmento de ônibus cresceu 45,2%, em relação ao mesmo período de 2017. Em 2018 foram produzidas 17,8 mil unidades frente as 12,2 mil unidades de 2017.

Já as exportações de 2018 cresceram 7,9% em comparação ao mesmo período de 2017. Nesse ano foram exportadas 5,2 mil unidades e em 2017 foram enviadas para fora 4,8 mil unidades.

Vendas de caminhões tem previsão de 15% de crescimento em 2019, diz Anfavea

Projeção das fabricantes aponta para o licenciamento de 88 mil caminhões e 17 mil ônibus neste ano 

As vendas de caminhões deverão crescer algo em torno dos 15,8% em 2019, para volume próximo a 88 mil unidades, segundo a projeção de mercado divulgada na terça-feira, 8, pela Anfavea durante a apresentação do balanço do ano. Embora represente mais um ano de crescimento, o índice de alta é bem menor que o apurado em 2018, quando o segmento reportou aumento de 46,3% ao finalizar o período com mais de 75,9 mil veículos emplacados, o melhor resultado desde 2014, quando o mercado licenciou 137 mil caminhões.

A instituição também espera que as vendas de ônibus sejam maiores em 2019 e projeta volume de 17 mil, o que representará incremento de 12,7%. No ano passado, as vendas de chassis de ônibus fecharam com pouco mais de 15 mil unidades e alta de 28,3% sobre 2017.

Com isso, na soma das vendas de caminhões e ônibus, a Anfavea prevê o volume de 105 mil veículos comerciais pesados para 2019. Se confirmado, será um crescimento de 15,3% sobre os 91,1 mil feitos no ano passado.

Para o vice-presidente da Anfavea, Luiz Carlos de Moraes, a projeção das fabricantes para o setor de pesados está baseada na inflação sob controle e no PIB mais robusto, que para a entidade, deve fechar 2019 com alta entre 2,5% e 3%. 

Referente ao índice de crescimento menor previsto para 2019, o executivo lembra que a base de comparação de 2018 contra 2017 é muito baixa, “por isso tivemos esse crescimento importante no ano passado”, observa.

Só em dezembro, aponta ele, foram emplacados pouco mais de 7,6 mil caminhões, volume quase estável se comparado com novembro, com leve queda de 0,6% (dezembro teve três dias úteis a menos com relação a novembro). No entanto, na comparação com dezembro de 2017, houve aumento de 25,7%. O número reflete uma média diária de 412 emplacadas por dia útil de dezembro.

“Fazia tempo que não víamos essa média acima das 400 unidades”, comentou Moraes. “O mercado voltou a postar crescimento, o que está sendo puxado pelos pesados: mais de 45% do total das vendas de 2018 são de caminhões da categoria pesada. É um mix muito importante para a indústria e este movimento continua sendo impulsionado pelas atividades ligadas à alta demanda do agronegócio e também o crescimento da construção civil, como o transporte de grãos e madeireiras, entre outros”.

O executivo continua dizendo que o segmento de pesados continuarão a impulsionar as vendas também para este como foi em 2018: “Para 2019, estamos prevendo que a categoria de caminhões pesados continuará a crescer na mesma dimensão do ano passado e ainda liderando o avanço do setor de caminhões.” Entretanto, o segmento que continua puxando a alta na venda de caminhões é o do extrapesados, que levam cargas acima 30 toneladas.

“O uso desses caminhões nesse momento está sendo mais acentuado. E as fábricas não estavam preparadas para uma venda tão acentuada neste primeiro trimestre.

Moraes conta que em 2018 também houve um movimento de empresas frotistas que aumentaram suas consultas e algumas delas se converteram em vendas devido ao preço do frete, o que causou o revés que deu origem à greve dos caminhoneiros no fim de maio do ano passado. “Mas essas vendas não refletem o crescimento das vendas totais do setor, foram casos mais isolados.”

PRODUÇÃO E EXPORTAÇÕES TAMBÉM EM ALTA PARA 2019

Com um mercado interno aquecido, a produção de caminhões e ônibus deverá se manter acelerada neste ano. A projeção da Anfavea aponta para a fabricação de 150 mil veículos pesados em 2019, volume quase 12% maior que o total feito no ano passado, que ficou em 134,1 mil, ambos considerando a soma de caminhões e ônibus. Em 2018, foram fabricados 105,5 mil caminhões, volume 27,1% superior ao do no anterior. Já no segmento de chassis de ônibus, o volume produzido chegou a 28,5 mil 

As exportações de veículos pesados também crescerão em 2019, de acordo com as previsões da Anfavea, mas em índice bem menor: a alta prevista é de 3,7%, para algo como 35 mil caminhões e ônibus. Apesar disso, será um alívio para a indústria se isso for mesmo concretizado, uma vez que as exportações de 2018 amargaram queda de quase 10% contra 2017, para 33,7 mil, principalmente pela diminuição dos embarques para a Argentina, com uma crise econômica em curso. No segmento de caminhões, os embarques caíram 12,7% no comparativo anual, para 24,6 mil. No de ônibus, as vendas ao exterior ficaram estáveis com o mesmo volume de 9,1 mil unidades.

Segundo o presidente da Anfavea, Antonio Megale, o que mantém o otimismo da entidade para voltar a crescer nas exportações de pesados é o fato de que outros mercados estão em ascensão enquanto a Argentina ainda não se recupera. “Países como Rússia e África do Sul estão crescendo. Acredito que haverá maior diluição nas exportações dos pesados para outros mercados”, disse.

A busca por outros clientes na esfera internacional para não depender tanto da Argentina já vem sendo uma prática difundida em algumas montadoras, caso da Mercedes-Benz, cujos embarques para o país vizinho caíram 20%, mas aumentaram 25% para outros destinos em 2018.

Preço do diesel termina a semana em alta, indica pesquisa da ANP

Valor médio do combustível nas bombas subiu 1%, enquanto o preço do etanol subiu 4,7% e da gasolina, 4%; gás de cozinha também subiu.

Levantamento semanal divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP) nesta segunda-feira (4) mostra que o preço médio do diesel subiu 1% nos postos, enquanto que o da gasolina avançou 4%, na comparação com a semana encerrada no dia 26 maio, quando os caminhoneiros ainda estavam em greve.

Segundo o levantamento, o preço médio do diesel nas bombas subiu de R$ 3,788 para R$ 3,828. Mas, na mesma semana a ANP chegou a registrar a cobrança de R$ 5,20 por litro na mesma semana.

Já o valor médio da gasolina passou de R$ 4,435 para R$ 4,614. A ANP chegou a encontrar o litro sendo vendido por R$ 5,40 na mesma semana.

Alta acumulada no ano

No ano, o preço médio do diesel nas bombas acumula alta de 15%, enquanto o da gasolina subiu 12% até agora.

A pesquisa também apontou que o preço médio do etanol por litro aumentou 4,7%, passando de R$ 2,818 para R$ 2,953, em média. Já o maior valor registrado pela ANP na semana foi de R$ 4,59 por litro. No ano, o valor do etanol nas bombas acumula alta de 1,4%.

Já o valor do botijão de gás de cozinha subiu 5,3%, de R$ 67,02 para R$ 70,61, em média, chegando a R$ 105 no valor máximo registrado pela ANP. Em 2018, há alta de 4,7%.

Preços nas refinarias

Na mesma semana, a Petrobras baixou em 2,11% o preço da gasolina nas refinarias. O repasse ou não da redução para o consumidor depende dos postos.

Nesta segunda-feira, a Petrobras anunciou redução 0,68% no preço da gasolina comercializada nas refinarias. O corte acontece após 2 altas seguidas. Em 1 mês, entretanto, o combustível acumula alta de 11,64% nas refinarias.

Já o preço do diesel nas refinarias, seguindo acordo firmado durante a greve dos caminhoneiros, ficou congelado em R$ 2,1016 do dia 24 até o dia 31 de maio, quando passou para R$ 2,0316. Esse preço será mantido até o dia 7 de junho, conforme ficou estabelecido pelo programa de subvenção ao combustível anunciado pelo governo, que prevê redução de R$ 0,46 no diesel. Com a redução, o preço do combustível recuou 2,69% na comparação com o início de maio.

A medida que prevê desconto de R$ 0,46 no litro do diesel por 60 dias anunciada pelo governo entrou em vigor na sexta-feira (1) e o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, estimou que a redução do preço poderá levar até 15 dias para chegar aos consumidores de todo o país.

A Petrobras adotou novo formato na política de ajuste de preços em 3 de julho do ano passado. Segundo a nova metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive diariamente, refletindo as variações do petróleo e derivados no mercado internacional, e também do dólar. Desde o início do formato, o preço da gasolina comercializado nas refinarias acumula alta de cerca de 50%.

INFOGRÁFICO: o valor da Petrobras, do dólar e do petróleo de 2010 até a saída de Parente

Motoristas ainda

A redução no preço do combustível é uma das medidas do acordo do governo com as entidades dos caminhoneiros para tentar por fim à paralisação da categoria.

subsídio total para o preço do diesel, que custará R$ 9,58 bilhões, tem por objetivo manter, por 60 dias, o desconto de R$ 0,46 no preço do diesel nas refinarias. Depois disso, o preço oscilará mensalmente, segundo acordo fechado com os caminhoneiros. Para viabilizar esses subsídios, o governo decidiu acabar com benefícios para a indústria química, quase eliminar incentivos para exportadores e cancelar parte de gastos de uma série de programas públicos.

O governo prevê repasse de R$ 4,9 bilhões à Petrobras ainda em 2018(R$ 700 milhões por mês) como forma de compensação pelas variações do dólar e petróleo. Na prática, a cada 30 dias, a Petrobras vai estipular o preço que será cobrado nas refinarias. Em caso de o valor ficar abaixo do mercado, o governo pagará à estatal a diferença.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que o governo não tem recursos orçamentários para baixar a tributação também sobre a gasolina e sobre o gás de cozinha. O governo discute, entretanto, o fim dos reajustes diários nas refinarias. Para assessores de Temer, reajuste diário da gasolina é ‘insustentável’, e aumentos devem passar a ser mensais.

Governo se reúne para discutir mudanças no reajuste diário no preço dos Posto que não repassar desconto pode ser multado

Para tentar garantir o desconto nas bombas, o governo anunciou a criação de uma rede nacional de fiscalização e promete punições para os postos que não repassarem aos consumidores a redução de R$ 0,46 no preço do litro do óleo diesel. As punições possíveis em caso de descumprimento são:

  • Multa de até R$ 9,4 milhões;
  • Suspensão temporária da atividade;
  • Cassação da licença do estabelecimento;
  • Interdição do estabelecimento comercial.

Segundo os ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, os postos terão de fixar uma placa com o preço do diesel cobrado em 21 de maio, dia em que se iniciou a greve dos caminhoneiros. Desse preço, disse o ministro, terão de ser descontados os R$ 0,46 – dos quais R$ 0,30 são subvenção do governo (que compensará a Petrobras) e R$ 0,16 resultado da eliminação da incidência dos tributos Cide e da redução de PIS-Cofins sobre o diesel.

Os representantes dos postos afirmam, entretanto, que não há lei que obrigue a repassar desconto no diesel ao consumidor, e que os preços na bomba estão vinculados ao que é cobrado pelas transportadoras.

O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, afirmou nesta sexta-feira (1º), que não acredita em dificuldades para repassar a redução do preço do diesel nas refinarias para o consumidor final, mas avaliou que o repasse também depende dos estados. Ele explicou que, como há biodiesel no produto final, o impacto da redução de tributos por parte do governo, e da concessão de subsídios, seria de R$ 0,41 por litro.

Já o presidente da Associação de Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), Erasmo Carlos Battistella, afirmou que o setor não é obstáculo para que o preço final do diesel seja reduzido em R$ 0,46.

A CONCORRÊNCIA ENTRE OS MOTORES MWM E CUMMINS

MWM e a Cummins são duas das maiores fabricantes de motores movidos à diesel de todo o planeta. Ambas estão no topo da cadeia alimentar, tendo uma rivalidade que foi alimentada durante anos e teve o seu auge no século XXI, mais especificamente em 2005.

Alguns dos melhores motores produzidos para picapes, caminhões e tratores saíram das duas empresas, sendo elas as dominantes do mercado nacional brasileiro. O texto irá falar um pouco mais sobre a história, a concorrência e as vitórias de Cummins e MWM no mercado. Mas antes, é válido ressaltar que todas as peças para motores fabricados pelas duas multinacionais podem ser encontrados na Tuttonline Comércio Importação e Exportação de Peças para Caminhões e Ônibus Ltda. ( www.tuttonline.com.br)

Início de Cummins e MWM

No ano da graça de 1919, a Cummins surgiu para o mundo através das mãos de Classie Cummins e W.G. Irwin. O grande objetivo era proliferar o grande desempenho que o combustível diesel era e é capaz de proporcionar em veículos pesados como caminhões e tratores.

Não demorou muito e o sucesso da Cummins já era enorme, pois num período de três anos a empresa conseguiu obter os seus primeiros resultados de lucros. O início dos anos 20 ajudou bastante a atingir essa conquista, coisa que muitas empresas demoram até décadas de operações para conquistarem uma margem que supera os custos operacionais.

Diferente da Cummins, a MWM tem uma origem um pouco mais antiga, apesar de ter se tornado efetivamente a MWM apenas em 1922. No ano de 1883, Carl Benz fundou a Benz & Cia, está que veio a produzir o primeiro caminhão do mundo três anos depois de sua fundação.

A MWM surge para o mercado depois da divisão da Benz & Cia entre Benz AG e Motoren Werke Mannheim AG (MWM). Enquanto a primeira empresa foi encarregada de fabricar modelos de motores pequenos, para veículos leves, a segunda tornou-se um grande ponto no desenvolvimento de equipamentos para grandes veículos e máquinas pesadas.

A chegada no Brasil de ambas as empresas também é espaçada, sendo que a MWM foi implantada em território brasileiro ainda na década de 40, enquanto a Cummins só chegou no início da década de 70. Daí o maior reconhecimento da marca de origem alemã com o mercado nacional.

Nível de atuação no mercado mundial

Em nível mundial, ambas as empresas possuem uma grande movimentação operacional. Segundo dados da própria MWM, contidos no site oficial, a multinacional exporta para mais de 45 países ao redor do mundo. Dentre os mercados de atuação estão grandes potências planetárias (EUA e China), além de países economicamente fortes como Turquia, Coréia do Sul e México.

Já a Cummins atinge marcas mais expressivas, ao menos esboça isso eu seu canal oficial. A empresa está atuando em mais de 190 países ao redor do globo, tendo uma rede que já supera mais de 7 mil representantes.

No Mercosul, principalmente no Brasil, a MWM parece se sair melhor devido a instalação de duas fábricas na região (São Paulo e Córdoba-ARG). Nessa faixa do mapa as disputas tornaram-se acirradas após 2005, como poderá ser visto a seguir.

O auge da concorrência entre as empresas

Considerar um auge de concorrência talvez seja algo exagerado, mas de fato a MWM e a Cummins tonaram-se concorrentes diretas após 2005, quando ocorreu a fusão entre empresa de origem alemã com a International. O mercado do Mercosul era dividido entre três grandes companhias: MWM, Cummins e International. Após a unificação, Cummins e MWM tinham a missão de dominar o setor de motores à diesel.

Segundo informações da época, o diretor de vendas e marketing da Cummins não se preocupava com a fusão, esta que poderia dar vantagem a agora MWM International. A disputa entre os dois pesos pesados só cresceu a partir de então.

Modelos de veículos marcantes equipados com motores

Mesmo sendo empresas que desenham, produzem e vendem motores movidos à diesel para abastecer grandes veículos, equipamentos Cummins e MWM também puderam ser vistos em modelos de veículos que marcaram época. Alguns deles são sonho de consumo até hoje, principalmente por aqueles apaixonados por grandes máquinas.

A MWM International já trabalhou ao longo de sua história com marcas como Ford, GM, Volkswagen, Nissan e Toyota. Dentre os modelos estão o F-1000 da Ford, Grand Blazer da GM e Frontier da Nissan. O motor Sprint 2.8 é quase idolatrado em algumas caminhonetes, por ser resistente e provar um baixo custo de manutenção.

A Cummins também tem grandes trabalhos no mercado, sendo que atualmente equipa grande parte dos caminhões da Ford. A linha F, a mais vendida da montadora americana, tem como equipamento os motores Mid Range da Cummins.

Uma das demonstrações de força no mercado de veículos rurais da Cummins é que ela representa 75% das aplicações automotivas que a Agrale (montadora brasileira) possui. A MWM também tem a empresa como uma de suas melhores clientes, mas na queda de braço tem perdido terreno nos últimos anos.

Principais aplicações das empresas no mercado

A Cummins tem uma muita participação no mercado de caminhões ao redor do planeta, atendendo bem essa necessidade de motores diesel em veículos pesados. Porém, a MWM não fica muito atrás nesse quesito e ainda por cima tem ótimos motores para usos mais leves como de caminhonetes.

Ambas as marcas estão atuando frente a frente em diversas áreas como a de motores estacionários, equipamentos para embarcações, modelos para tratores e aplicações de construção. O que vale no final para o consumidor é que está concorrência sempre está gerando novos e ótimos motores movidos à diesel, cada vez mais eficientes e econômicos.